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Seca no Brasil afeta mercado mundial de açúcar

A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO, na sigla em inglês) alerta que a seca em partes do território brasileiro faz com que o preço internacional do açúcar sofra uma das maiores altas mensais já registradas nos últimos cinco anos.

Dados divulgados hoje pela entidade ligada à ONU e comandada pelo brasileiro José Graziano da Silva apontam que os preços de alimentos no mundo, porém, estão em seu nível mais baixo desde agosto de 2010. Em outubro, eles registraram o sétimo mês de queda seguida. A redução só não foi maior por conta do setor do açúcar que, de certa forma, neutralizou parte da queda geral e principalmente no setor do leite e de carnes.

O índice geral de preços da FAO caiu para 192,3 pontos, 0,2 abaixo dos níveis de setembro. Isso significa o menor nível em mais de quatro anos, tendência gerada por uma redução na demanda na China e estoques cheios em diversos países exportadores.

No setor do açúcar, porém, a seca no Brasil modificou de forma importante o mercado mundial. Em outubro, o índice subiu para 237,6 pontos, uma alta de 4,2% em apenas um mês. "Isso ocorreu em grande parte por conta da seca em partes do Brasil", indicou a FAO. "O fato levou a relatos de que a colheita de cana será menor que o esperado", afirmou a entidade da ONU.

Mesmo com a alta, o preço do açúcar continua mais de 10% abaixo dos níveis de outubro de 2013.

Uma situação bastante diferente vive os demais setores. Os preços do leite, por exemplo, tiveram uma queda de 1,9% e em parte por conta do embargo russo contra produtos europeus. Em um ano, o setor sofreu uma redução de 26% em seus preços.

No caso das carnes, ela sofreu uma queda de 1,1% nos preços internacionais em outubro, em comparação à setembro. Mas ainda continua 10% acima dos valores de outubro de 2013.


Fonte: O Estado de São Paulo via Udop