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Agro brasileiro engrossa o caldo das doações pelo país com R$ 305,1 milhões

O enfrentamento da pandemia do novo coronavírus deu seu sinal de alerta em todo o mundo há alguns meses. Os negócios estão à beira da maior recessão da história e, mesmo assim, representantes da iniciativa privada estão fazendo um esforço para ajudar na compra de equipamentos de proteção a profissionais de saúde, produtos de higiene e sanitização pessoal e de ambientes, e testes rápidos para a identificação do novo coronavírus.

“A crise provocada pela pandemia de Covid-19 desafia a todos nós, por isso a colaboração entre os setores privado, público e a sociedade será a chave para o enfrentamento deste desafio no Brasil e no mundo”, afirma Marc Reichardt, CEO da multinacional alemã Bayer Brasil, fabricante de medicamentos, biotecnologia e defensivos agrícolas.

A Bayer e a Marfrig Global Foods anunciaram aportes de somam R$ 6,7 milhões para compor a corrente do bem. Ao todo, as doações somam R$ 305,1 milhões e pode ser ainda maior, pois neste valor não estão contabilizadas as doações feitas de alimentos e álcool 70% feitas pela BRF, Marfrig e usinas associadas à União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica).

Doações

Na ponta do lápis, as empresas, entidades e personalidades brasileiras já doaram R$ 3,1 bilhões, segundo a Associação Brasileira de Captadores de Recursos (ABCR). A entidade monitora as doações de auxílio à pandemia. Desse total, R$ 298,4 (9,7%) veio de empresas e entidades do agro.

Até o início da tarde de quarta-feira (22), não constavam as doações recentes da Marfrig e da Bayer. Considerando os novos aportes, as doações do agro somam R$ 305,1 milhões e uma participação de 9,9%. Confira no site da ABCR o ritmo das contribuições. Entre os setores do agro que fizeram parte dessa corrente do bem estão empresas e entidades ligadas à agroindústria, alimentação e bebidas, celulose e tabaco.

Marfrig

A Marfrig Global Foods, uma das líderes na produção de carne bovina do mundo, anunciou na segunda-feira (20) uma doação de R$ 1 milhão à Associação e Fraternidade São Francisco de Assis na Providência de Deus, mantida pela ordem dos franciscanos. A entidade mantém, desde 2019, o Barco-Hospital Papa Francisco, que presta atendimento de saúde a mais de mil comunidades ribeirinhas do Pará e do Amazonas.

“O trabalho do Barco-Hospital Papa Francisco é fundamental para atender uma população que, infelizmente, é muito carente em serviços de saúde e que está vulnerável à pandemia do novo coronavírus”, diz Marcos Molina, fundador e presidente do Conselho de Administração da Marfrig.

Graças à verba doada pela Marfrig, o barco-hospital aumentará em 40% o número de atendimentos e passará a contemplar mais seis municípios dos dois Estados, que estão entre os mais afetados pela falta de estrutura hospitalar para tratamento da Covid-19. Esta foi a segunda doação da empresa. A primeira contribuição foi de R$ 7,5 milhões para o governo federal para a compra de 100 mil testes rápidos para diagnosticar o novo coronavírus. A doação está relacionada no site da ABCR.

Bayer

Na quinta-feira (16), a multinacional alemã Bayer anunciou a doação de R$ 5,7 milhões para enfrentar a Covid-19 no Brasil. Os recursos vão para três diferentes iniciativas: R$ 2,8 milhões para o Projeto Arrecadação Solidária, do governo federal; R$ 2 milhões para o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef); e cerca de R$ 900 mil para a compra de itens de segurança e insumos hospitalares.

“Há mais de 150 anos, a Bayer está comprometida com o país, por isso nossa contribuição deve ser maior que a financeira”, afirma Reichardt, CEO da Bayer Brasil. “Estamos trabalhando incansavelmente para manter a disponibilidade de medicamentos e insumos necessários à produção de alimentos para os brasileiros”.

A companhia selecionou instituições e projetos já estruturados, de abrangência nacional, que atingissem populações vulneráveis em regiões carentes, e que tivessem processos de governança e transparência bem estabelecidos. Além disso, a empresa também focou em ajudar os serviços públicos de saúde das cidades onde possui unidades produtivas.

 

Fonte: Portal AgroSaber