Piracicaba é referência no Brasil e no exterior em soluções para a cadeia agroindustrial da cana-de-açúcar. O potencial local é trabalhado pelo Arranjo Produtivo Local do Álcool (Apla), que movimentou seis milhões de dólares nos últimos 14 anos. Na manhã desta segunda-feira (7), uma comitiva de vereadores esteve em contato com as principais ações desenvolvidas pelo arranjo, em visita ao Parque Tecnológico Engenheiro Agrônomo Emílio Bruno Germek, no bairro Santa Rosa.
Representaram a Mesa Diretora da Câmara o vice-presidente Acácio Godoy (PP) e o suplente da vice-presidência, Thiago Ribeiro (PSC), além dos vereadores Josef Borges (Solidariedade), Paulo Camolesi (PDT) e Rai de Almeida (PT). Os parlamentares Pedro Kawai (PSDB), segundo-secretário da Câmara, e Silvia Morales, do mandato coletivo A cidade é sua (PV), enviaram integrantes de seus mandatos. Eles foram recebidos por Flavio Castellari, diretor-executivo do Apla.
Castellari disse que a intenção do encontro é o de aproximar a atual legislatura da Câmara das ações desempenhadas pelo Apla. “Sempre tivemos essa proximidade com a Câmara nos projetos de inovação da cidade. Como houve uma renovação este ano dos parlamentares, consideramos ser relevante fazer as apresentações das ações", explicou ele.
Para Castellari, é preciso quebrar a visão de que o Parque Tecnológico é apenas um espaço físico e o setor do agronegócio tem contribuído para puxar a economia do país. "É uma política pública, que depende do estado, do governo federal e dos poderes Legislativo e Executivo do município", reforçou. Ele lembrou que a sinergia entre iniciativa privada e setores governamentais contribui para aumentar a proatividade do setor e, consequentemente, em mais investimentos para a cidade.
Ao avaliar o encontro, o vice-presidente do Legislativo Piracicabano, Acácio Godoy, apontou que Piracicaba desponta como vanguardista na cadeia agroindustrial. "Como vereadores, temos que divulgar para a população a relevância do Apla e das empresas sediadas no Parque Tecnológico", definiu, ao completar: "enquanto órgão público, temos que entender todos os parceiros e entes que fazem parte dos arranjos da economia da cidade, para que possamos apoiá-los".
Na avaliação de Thiago Ribeiro, a preocupação dos parlamentares é a de incentivar a geração de emprego e renda. "É gratificante ter feito esta visita, enquanto representante do Legislativo. A Câmara tem uma participação expressiva e muitos dos projetos ligados ao Parque Tecnológico dependeram da análise das legislaturas anteriores. Hoje a gente vê o que foi investido aqui", classificou.
Fundado em 2007, o Apla tem entre os projetos o Brazil Sugarcane Bioenergy Solution, desenvolvido por meio de convênios a cada dois anos com a Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos). O projeto engloba 96 empresas, alcançou 49 países, de todos os continentes, e movimentou 164 ações, desde feiras comerciais, rodadas de negócios, congressos, visitas-técnicas, comitivas, missões prospectivas até ações on-line.
Segundo Castellari, no ano passado o Apla recebeu a mais alta classificação dos níveis de maturidade dos arranjos produtivos pela Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico. Ao todo, são 67 arranjos no Programa de Fomento de Arranjos Produtivos Locais Paulista.
Instalado em uma área de uma área de 2,2 milhões de metros quadrados, o Parque Tecnológico de Piracicaba é operado sob gestão do Apla e concentra 150 empreendimentos em seu perímetro, entre empresas, entidades, hubs, arranjo produtivo, instituições de ensino e de pesquisa. Sua inauguração ocorreu em 2012, por meio do Sistema Paulista de Parques Tecnológicos, regulamentado pelo decreto estadual 50.504, devido à convergência do Governo do Estado de São Paulo e da Prefeitura do Município de Piracicaba.
Fonte: Câmara de Vereadores de Piracicaba