Audi torna-se a 19ª montadora a oferecer veÃculos Flex no Brasil
Em novembro deste ano, com o lançamento do modelo A3 Sedan 1.4 TFSI Flex, primeiro bicombustível fabricado pela marca alemã em todo mundo, e que será produzido exclusivamente para o mercado nacional, a Audi tornou-se a 19ª montadora a aderir a uma tecnologia largamente difundida no Brasil. O consultor de Tecnologia e Emissões da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Alfred Szwarc, destaca que o fato da Audi estar antenada com as necessidades do consumidor brasileiro, que atualmente pode escolher entre mais de 200 modelos capazes de rodar com etanol, gasolina ou a mistura de ambos em qualquer proporção.
“Em média, mais de 90% dos automóveis leves vendidos no Brasil são flex. Ou seja, a estratégia para conseguir vender carros para os brasileiros passa por estes modelos”, avalia o executivo da UNICA, que observa outro aspecto importante com a chegada do A3 Sedan 1.4 TFSI Flex ao segmento automotivo: a ampliação da oferta de automóveis bicombustíveis mais sofisticados. “A utilização destes motores em veículos de categoria premium, como os que já são comercializados pela BMW, Mercedes-Benz, Ford, Toyota, Kia e Hyundai, é uma consequência natural da evolução desta tecnologia”, ressalta.
AudiAudi Flex sendo fabricado no Paraná Em outubro deste ano, em diversas declarações dada à imprensa com o objetivo de explicar as razões que levaram a Audi a fabricar o primeiro A3 Sedan flex, o coordenador do projeto de produção da marca no Brasil, Bernd Martens, afirmou que “a meta é manter a posição entre os líderes do segmento premium no longo prazo." O novo A3 Sedan 1.4 TFSI Flex deverá concorrer diretamente com as versões bicombustíveis do Mercedes-Benz CLA, Ford Fusion e Toyota Corolla Altyis, todos com preços aproximados ou superiores à R$ 100 mil.
O Audi Flex terá duas versões de acabamento: Attraction e Ambiente, com preços que partem de R$ 99.990 e R$ 109.990, respectivamente. Montadas na nova linha de produção localizada no Paraná, em São José dos Pinhais, único lugar da América do Sul onde a multinacional tem operação industrial, as duas novas versões chegam às concessionárias a partir desta segunda quinzena de novembro, e totalizaram a entrega de mil unidades ainda em 2015.
Além de possuírem motorização 1.4 litro com turbo, as duas versões do novo modelo da Audi, com opções em preto, prata, branco, vermelho e azul, têm injeção direta e start/stop, câmbio automático Tiptronic, nova suspensão traseira e 150 cavalos de potência (cv) contra os 120 cv da versão importada, movida somente à gasolina. Segundo medições informadas pela Audi, o consumo do A3 Sedan Flex com gasolina nacional (com até 27% de etanol anidro) é de 11,71 km/l na cidade e 14,31 km/l na estrada. Rodando com 100% de etanol, o gasto é de 7,8 km/l na cidade e 9,9 km/l na estrada.
Case de sucesso
AudiO Brasil tem em seu setor automotivo a maior concentração de veículos bicombustíveis do mundo. Lançada no País em março de 2003, a tecnologia flex fuel permite ao consumidor escolher, toda vez que for abastecer, qual é o combustível mais vantajoso, o etanol, a gasolina ou a mistura de ambos. Antes disso, os proprietários dos carros só podiam fazer esta escolha no momento da compra do automóvel.
Nestes últimos doze anos, porém, a situação se inverteu radicalmente. Hoje, existem mais de 24 milhões de automóveis brasileiros com sistema bicombustível, o que representa aproximadamente 68% da frota de veículos leves em circulação. Com o lançamento do seu primeiro modelo flex, a Audi se junta às montadoras BMW, Mercedes-Benz, GM, Fiat, Volkswagen, Ford, Hyundai, Citroën, Honda, Kia, Toyota, Mitsubishi, Nissan, Peugeot, Renault, JAC, Jeep e Chery.
Graças à tecnologia flex, a utilização do etanol em veículos flex evitou de março de 2003 a maio de 2015, a emissão de mais de 300 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera. Para atingir essa mesma redução com o cultivo de árvores, seria preciso plantar e manter ao longo de 20 anos mais de 2,1 bilhões de árvores nativas. O número é informado pelo “Carbonômetro”, ferramenta criada pela UNICA para acompanhar a quantidade de poluente que deixou de ser emitida com o uso do combustível renovável nos veículos flex. Para saber mais, acesse www.etanolverde.com.br.
Fonte: Unica