Avanço em programa veicular ampliará percepção do consumidor a respeito das vantagens ambientais do etanol
O benefício da utilização de etanol para a redução das emissões de CO2 em carros flex ficou ainda mais evidente com a adesão de todas as montadoras ao Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV), que além de informar os consumidores quanto à eficiência energética de seus veículos, detalhou os níveis do poluente gerado por até 832 modelos vendidos no País.
O consultor de Emissões e Tecnologia da União da Indústria de cana-de-Açúcar (UNICA), Alfred Szwarc, acredita que este avanço no PBEV, coordenado desde 2008 pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), vai ao encontro das expectativas dos clientes na hora da compra e ajudará a construir um futuro mais sustentável no setor de transporte.
“Ao adquirir um novo automóvel, preço, design e economia de combustível já são fatores decisivos na opção de escolha do brasileiro. Incluir esta classificação das emissões de CO2 representa um avanço importante, pois na medida em que a população é alertada sobre o papel ambiental do etanol na luta contra o aquecimento global, teremos, nos próximos anos, uma frota automotiva cada vez menos poluidora”, avalia o executivo da UNICA.
Etiqueta
Por meio da Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE), obrigatória no manual do proprietário, e que também pode ser afixada em forma de adesivo no vidro do veículo, o Inmetro analisa diferentes categorias, entre as quais subcompacto, compacto, médio, grandes, carga derivado, comercial leve e fora-de-estrada.
Inicialmente, a ENCE informa dados de marca, versão, motor, transmissão e o ano em que a comparação dos veículos de fabricação/modelo foi realizada. Em seguida aparecem dados sobre eficiência energética, classificada de “A” até “E”. Segundo o Inmetro, a escolha por um automóvel entre estas categorias pode significar uma economia de quase 5 mil reais em cinco anos, o que pode representar entre 10% e 15% do valor do bem, dependendo das condições negociadas.
A autonomia em quilômetros (km) por litro de combustível na cidade e na estrada, juntamente com o valor de CO2 oriundo da emissão no escapamento, encerram as análises da ENCE.
O PBEV é uma iniciativa do Inmetro em parceria com o Programa Nacional de Racionalização do Uso dos Derivados do Petróleo e do Gás Natural (Conpet), do Ministério de Minas e Energia, e conta com apoio da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e da Associação Brasileira de Empresas Importadoras de Veículos Automotivos (Abeiva).
PBEV 2016
De acordo com o Inmetro, até o final de 2016 cerca de 926 modelos e versões, em 14 categorias, estarão enquadrados no programa, o equivalente a 90% dos carros comercializados no País. Por enquanto, de acordo com a última tabela do PBVE divulgada em maio (01/05), o híbrido Toyota Prius foi o modelo mais econômico avaliado, com 18 km/l em ciclo misto e 1,15 MJ/km de consumo energético.
Fonte: Unica