No último mês, com as medidas de lockdown adotadas para tentar conter a propagação do coronavírus, os moradores das metrópoles brasileiras puderam ver algo quase extravagante: o céu em sua cor azul.
Isso foi possível graças à redução no nível de emissões de poluentes atmosféricos, especialmente os que saem dos escapamentos dos veículos, por conta da queima de combustíveis fósseis.
Num momento em que governos, empresas e diversas instituições discutem como será o novo normal pós-pandemia, o setor de biocombustíveis do Brasil resolveu se unir para formar uma coalização pró-biocombustíveis, para integrar ações de valorização dos renováveis.
Inicialmente formada pela Frente Parlamentar do Biodiesel e pela Frente Parlamentar pela Valorização do Setor Sucroenergético, o objetivo da Biocoalizão é unificar pautas em comum e demonstrar para a sociedade como os biocombustíveis favorecem o desenvolvimento econômico e criam oportunidades de emprego, ao mesmo tempo em que cuidam da qualidade do ar e da qualidade de vida dos brasileiros.
Estratégia nacional
Com biodiesel, etanol, biogás e bioquerosene, o Brasil pode ser líder mundial em biocombustíveis e uma potência agrícola e ambiental. É unânime entre o setor a convicção de que o país pode ser protagonista na questão ambiental com preservação, agricultura sustentável e fontes renováveis de energia e biocombustíveis.
A Biocoalizão vai buscar, então, o diálogo com o governo, envolvendo a sociedade, para aprovação de medidas excepcionais de preservação do setor durante este período de crise. No médio prazo, o grupo pretende tratar de questões convergentes em interesses comuns, como RenovaBio, tributação, logística, e marco regulatório, além de definir uma condução sobre esses assuntos de modo a valorizar e reconhecer as externalidades positivas dos biocombustíveis.
No âmbito do RenovaBio, o setor aguarda uma definição sobre as regras de tributação sobre a venda de créditos de descarbonização (CBios).
A proposta é que o imposto de renda a ser pago sobre as operações com CBios sejam zero ou de baixo impacto.
O lançamento da Biocoalizão será na próxima quinta-feira, 04 de junho, às 9 horas, durante o webinar Integração entre biocombustíveis: estratégias para superar a crise, promovido pela Ubrabio, Unica e as duas frentes parlamentares para celebrar a Semana Mundial do Meio Ambiente.
Veja quem já confirmou a participação:
José Gutman (Diretor-Geral da ANP) Plínio Nastari (Conselheiro do CNPE)
Deputados
Arnaldo Jardim (Cidadania/SP)
Presidente da Frente Parlamentar pela Valorização do Setor Sucroenergético
Jerônimo Goergen (PP/RS)
Presidente da Frente Parlamentar do Biodiesel
Fernando Coelho Filho (DEM/PE)
Membro das frentes parlamentares do Biodiesel e pela Valorização do Setor Sucroenergético
Enrico Misasi (PV/SP)
Coordenador-geral da Frente Parlamentar do Biodiesel
Presidentes de associações
Juan Diego Ferrés (Ubrabio)
Diretor industrial da Granol e presidente do Conselho Superior da União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio). Desde final dos anos 1990, é um defensor do uso do biodiesel, muito antes mesmo do início da vigência do Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB)
Evandro Gussi (Unica)
Formado em Direito pela UniToledo, mestre em Direito Constitucional pra Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e doutor em Teoria do Estado pela Universidade de São Paulo (USP). Atual presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica)
André Rocha (Fórum Nacional Sucroenergético)
Presidente-executivo dos sindicatos da Indústria de Fabricação de Etanol e Açúcar do Estado de Goiás (Sifaeg/Sifaçúcar) e do Fórum Nacional Sucroenergético. Já foi presidente da Celg. É o 1º Tesoureiro da Fieg e coordenador do Grupo de Líderes Empresariais (LIDE) em Goiás
Renato Cunha (Novabio)
Advogado com mestrado em Economia, presidente do SINDAÇÚCAR de Pernambuco e presidente-executivo da Novabio. Vice-presidente do Fórum Nacional Sucroenergético e da Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe)
Alessandro Gardemann (ABiogás)
Formado em Administração de Empresas pela EAESP- FGV, com atuação no mercado financeiro. Em 2008, fundou a Geo Energética e, desde então, tem se dedicado ao Biogás. Foi um dos fundadores da Associação Brasileira do Biogás (ABiogás), onde, atualmente, é o presidente
Antonio Cesar Salibe (Udop)
Membro do Conselho Superior do Agronegócio da Fiesp, do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente e do Conselho Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação da Prefeitura de Araçatuba. Professor aposentado da UFSCar. Foi um dos incentivadores para a criação, em 1985, da UDOP – União Nacional da Bioenergia, onde hoje ocupa o cargo de Presidente Executivo
Governo
Alexandre Alonso (Embrapa Agroenergia)
Engenheiro Agrônomo e Doutor em Genética. Professor FGV/EESP, pesquisador e Chefe-Geral da Embrapa Agroenergia
Miguel Ivan Lacerda (MME)
Economista com mestrado em Agronegócio pela UFG. Foi Gerente do Sebrae, Diretor de Programas de Desenvolvimento Regional, Secretário Nacional de Irrigação, Assessor Internacional do Ministro no Ministério da Integração Nacional, Chefe de Planejamento Estratégico do Metro DF. É analista classe A da Embrapa e, atualmente, é Diretor de Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia. Um dos responsáveis pelo RenovaBio
Lideranças do setor
Márcio Félix (EnP Energy Platform)
Ex-Secretário Executivo e de Petróleo, Gás e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia (2016/2019). Durante sua atuação no MME, foi um dos responsáveis pelo desenvolvimento da Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio). Atual presidente da EnP Energy Platform
Amanda Gondim (RBQAV)
Professora de Química do Petróleo da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, pesquisadora do Núcleo de Processamento Primário e Reuso de Água Produzida e Resíduo e do Laboratório de Catálise e Petroquímica. Atualmente é coordenadora da Rede Brasileira de Bioquerosene e Hidrocarbonetos Renováveis para Aviação (RBQAV)
Aurélio Amaral
Bacharel em Direito, especialista em Ciências e Técnicas de Governo e MBA em Marketing e Gestão, pela Faculdade Trevisan. Ex-diretor da ANP (2016 a março 2020), liderou a implementação do Programa RenovaBio, no âmbito da ANP, e do biometano no mercado de biocombustíveis
Flavio Castellari (Apla)
Diretor-executivo do Apla (Arranjo Produtivo Local do Álcool), gestor do Projeto Brazil Sugarcane Bioenergy Solution e do Parque Tecnológico de Piracicaba. Atua há mais de 15 anos desenvolvendo novos mercados e negócios no Brasil e exterior, participando de conferências, congressos e palestras do setor sucroenergético brasileiro na América, Europa, Ásia e África
Moderador:
Donizete Tokarski (Ubrabio)
Engenheiro agrônomo, empresário, especialista em meio ambiente e relações institucionais, sócio da Linker Consultores e Diretor Superintendente da Ubrabio
Fonte: Ubrabio