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Biocombustível de cana já reduziu mais de 300 milhões de toneladas de CO2

A sua utilização, em mistura com a gasolina (anidro) ou seu uso autônomo como combustível nos veículos Flex (hidratado), evitou nos últimos 12 anos (março/2003 a maio/2015), a emissão de mais de 300 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera. Para atingir essa mesma redução com o cultivo de árvores, seria preciso plantar e manter ao longo de 20 anos mais de 2,1 bilhões de plantas nativas. Isso de acordo com o Carbonômetro, ferramenta criada pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) para acompanhar a quantidade de poluente que deixou de ser emitida com o uso do etanol nos veículos Flex.
 
Hospedado no site `Etanol Verde´, o Carbonômetro indica que o elevado potencial do biocombustível de cana ajudou o País a mitigar mais CO2 do que a soma das emissões anuais da Argentina (190 milhões t), Peru (53,1 milhões t), Equador (35,7 milhões t), Uruguai (7,8 milhões t) e Paraguai (5,3 milhões t).
 
Para o consultor em Emissões e Tecnologia da Unica, Alfred Szwarc, o resultado mostra que o etanol de cana produzido no Brasil é uma das alternativas energéticas mais limpas disponíveis comercialmente no mundo.
 
"A redução é expressiva. Os dados são da mesma ordem de grandeza que a emissão anual de CO2 da Polônia (317 milhões t), país considerado um dos grandes emissores mundiais de gases causadores do efeito estufa" destacou Szwarc.
 
O consultor lembra ainda que, apesar dos seus benefícios, a promoção global do etanolainda é limitada e precisa de mais incentivos, principalmente na Europa.
 
"O biocombustível brasileiro continua sendo objeto de barreiras tarifárias em diversos países, principalmente na União Europeia. É incompreensível que isso ocorra no momento em que o mundo busca por soluções ambientalmente sustentáveis e o etanol poderia ser utilizado em maior escala. Enquanto isso, os combustíveis fósseis, altamente poluidores, não enfrentam nenhuma limitação para a sua comercialização e uso" enfatiza o consultor da Unica.
 
Lançada em março de 2003, a tecnologia Flex Fuel permite ao consumidor escolher, toda vez que for abastecer, qual é o combustível mais vantajoso, o etanol ou a gasolina. Antes disso, os donos dos carros só podiam fazer esta escolha no momento da compra do automóvel.
 
"Como a redução na emissão de CO2 que o etanol proporciona em todo o seu ciclo de vida, da produção até sua utilização, é de cerca de 90% em comparação com a emissão da gasolina, esse deve ser um dos principais critérios de escolha na hora de abastecer o veículo Flex", concluiu o representante da Unica.
 
Fonte: Única via Udop