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Brasil avança no cumprimento do acordo do clima

Sete meses depois da Conferência das Partes 21 (COP21), realizada em Paris, a Câmara dos Deputados aprovou nesta semana projeto de decreto legislativo que confirma a aderência do Brasil ao Acordo do Clima firmado no encontro de dezembro.
 
Caso a matéria pas­se pelo Senado e pela sanção presidencial, o País vai cortar 37% das suas emissões de gases do efeito estufa (GEEs), elevar para 18% a participação de biocombustíveis na matriz energética e para 23% o uso de energias renováveis (solar, eólica e biomassa), além de recuperar 12 milhões de hectares de florestas e 15 milhões de hectares de pastagens degradadas. Tudo isso até 2030.
 
O vice-presidente do Fó­rum Nacional Sucroenergético e presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado de Pernambuco (Sindaçúcar), Renato Cunha, comemorou a aprovação. "Isso insere o Brasil na economia descarbonizada, que é uma tendência mundial, sobretudo nos combustíveis veiculares. O Brasil tem uma frota de 20 milhões de veículos, e é importante que a gente reforce, na área dos veículos, o uso do etanol, que é um combustível lim­po", comentou, ressaltando que, desde 2004, o País reduziu em mais de 300 milhões de toneladas a emissão de gás carbônico com o uso do etanol.
 
"É preciso que o Governo Federal avalie os benefícios energéticos e os ganhos para a saúde pública, por isso, é importante que essa valorização do etanol ocorra e também é importante levar em conta que a tendência mundial é valorizar o combustível limpo", acrescentou. "As regras lá fora estão cada vez mais estáveis e, com isso (aprovação na Câmara), o Brasil mostra que está engajado com o compromisso firmado na COP21", finalizou.
 
Em novembro deste ano, os 196 países voltam a se encontrar na COP22, que será realizada entre os dias 7 e 18 em Marrakesh, no Marrocos. Entre outras metas da conferência, está limitar em até dois graus o aquecimento global até 2050.
 
Fonte: Folha de Pernambuco via Portal UDOP