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Brasil Tecnológico gera mais de US$ 50 milhões em negócios

Terminou na noite dessa quinta-feira (23) a ação da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) cujo objetivo era promover a tecnologia de ponta brasileira na Colômbia. Os dois dias de rodadas de negócios entre 50 empresas do Brasil e 100 compradores colombianos resultou em uma expectativa de negócios de US$ 53 milhões para os próximos 12 meses, superando a meta inicialmente estabelecida. Os nove setores representados no evento Brasil Tecnológico (tecnologia da informação, telecomunicações, eletroeletrônica, de defesa, farmoquímico, médico-hospitalar, máquinas e equipamentos, embalagens e sucroalcooleiro) encontraram um ambiente propício para fazer novos contatos e conhecer melhor o amplo mercado do país andino.
 
“Este evento nos mostrou que há amplas possibilidades de complementariedade e de parcerias entre os setores industriais brasileiro e colombiano”, afirmou o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, que realizou a abertura do primeiro dia da ação. Com uma previsão de crescimento do PIB três vezes maior que os outros países da América Latina, a Colômbia desponta como principal foco de exportação e investimentos do Brasil no continente para os próximos anos. Com a meta de diversificar a pauta de comércio exterior e intensificar ações conjuntas de promoção comercial entre ambas as nações, o presidente da Apex-Brasil, David Barioni Neto, assinou um memorando de entendimento com a entidade equivalente na Colômbia, a ProColombia.
 
“Dos 76 projetos setoriais apoiados pela Agência, 38 têm a Colômbia como um mercado prioritário. Devido ao grande interesse de fornecedores e compradores colombianos nas empresas brasileiras de tecnologia, vimos que o país será cada vez mais um foco importante de atenção dos empreendedores brasileiros. As duas economias são parecidas e as facilidades devido à proximidade física e cultural tornam um país naturalmente muito atraente para o outro”, afirmou Barioni.
 
Isso ficou claro também nas manhãs dos dois dias da ação, cuja programação ficou por conta de seminários técnicos e de internacionalização: os empresários presentes compareceram em massa, fizeram perguntas aos especialistas de ambas as agências de fomento de exportações e mostraram-se muito interessados em compreender mais as particularidades de cada mercado. Além disso, empresas brasileiras que já atuam na Colômbia, como a de automação industrial WEG e a de acessibilidade Ortobras, puderam relatar suas experiências de sucesso neste mercado.
 
Companhias como a Intelbras, focada em sistema de segurança; a Bradar, especializada em sensoriamento remoto e radares de vigilância; a Copobras, de embalagens plásticas e todas as empresas do setor sucroalcooleiro, representadas pelo Arranjo Produtivo Local do Álcool (Apla), foram algumas das principais negociadoras das rodadas. Organizadas pela equipe da Apex-Brasil, as reuniões entre empresários brasileiros e os interessados colombianos ocuparam as tardes dos dois dias, ocasiões em que era difícil ver alguma mesa vazia. O segundo andar do Hotel Marriott Bogotá ficou repleto de empresários que tinham um objetivo em comum: comprar e vender tecnologia brasileira.
 
“Estamos muito contentes com os resultados, que superaram nossas já otimistas expectativas e mostraram um mercado que está pulsando por novidades e otimização tecnológica”, complementou David Barioni. Até o final de 2016, mais de 40 ações de promoção comercial serão realizadas pela parceria firmada entre a Apex-Brasil e a ProColombia. O escritório da Apex-Brasil localizado em Bogotá, em funcionamento desde o fim de 2014, centralizará este esforço de investimentos e assistirá localmente os empresários interessados em exportar para o país e se internacionalizar por lá. Além da área tecnológica, os setores de agropecuária e moda também são importantes fontes de atenção da relação de comércio bilateral entre esses países.
 
Fonte: Apex-Brasil via Export News