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Cena inaugura o Núcleo de Excelência em Pesquisas SoloFix

O Cena (Centro de Energia Nuclear na Agircultura) da Esalq/USP (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz) inaugurou na sexta-feira (06/06) o Núcleo de Excelência em Pesquisas SoloFix, que vai concentrar pesquisas sobre a fixação biológica de carbono e redução das emissões de gases do efeito estufa nos solos do agronegócio produtor de biocombustíveis.

O projeto teve início em 2009 e contou com investimento de R$ 1 milhão da Petrobrás para construir parte do prédio que abriga o núcleo, infraestutura e equipamentos.

De acordo com o coordenador do Programa Tecnológico para Redução de Emissões Atmosféricas da Petrobrás, Paulo Negrais Carneiro Seabra, o núcleo é um dos poucos do Brasil que estuda os gases que saem do solo.

“Os estudos desenvolvidos no SoloFix são referência no mundo todo e podem atender várias demandas da empresa (Petrobrás). Já existem muitas coisas em andamento, por exemplo, existe um estudo para descobrir quais são as emissões que acontecem no solo quando se avança a fronteira agrícola. Isso é importante porque antes da existência do núcleo nós só tínhamos referências internacionais como base”, afirmou.

A diretora do Cena, Tsai Siu Mui, disse que o núcleo vai permitir que pesquisas pionieras na área continuem a ser feitas. “Além disso, estamos formando profissionais que irão, quem sabe, continuar atuando na àrea, buscando soluções para o efeito estufa e o aquecimento global. É um trabalho que requer metódos sensíveis, que são desenvolvidos com o tempo e aqui eles vão poder continuar praticando”.

O professor do núcleo, Carlos Clemente Cerri, atua desde 1998 com pesquisas sobre o sequestro de carbono no solo e fluxos de gases do efeito estufa (CO2, CH4 e N2O) em vários ecossistemas naturais que são modificados pelo uso e mudança do uso da terra e pelas práticas e sistemas de manejo agrícola em clima tropical.

Ele foi o principal incentivador do projeto. “A inauguração do SoloFix é um marco porque foi difícil conseguir recursos para ampliar o nosso espaço. Nós começamos em um período que era complicado conseguir financiamentos e precisamos motivar as empresas para conseguir construir um ambiente agradável para as pessoas que trabalham aqui, com equipamentos e mobiliário adequados. E é interessante que estamos a inaugurando na semana do Meio Ambiente”.

Cerri explicou que o núcleo desenvolve projetos voltados às relações do agronegócio com o aquecimento global, particularmente na avaliação do ciclo de vida do etanol derivado da cana-de-açúcar, biodiesel de plantas oleaginosas, café, citrus, soja e outros bioprodutos do agronegócio.

 

Fonte: Portal Jornal de Piracicaba