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Comercialização diferenciada de etanol é tema de estudo

Na manhã desta quinta (22) teve início do 7º Encontro Nacional de Dirigentes e Técnicos da Federação Brasileira de Associações Socioeducacionais de Adolescentes (Febraeda) na sede do Instituto Formar em Piracicaba/SP.
 
Na abertura do evento, a Banda Musical João Romeu Pitolli fez apresentação para cerca de 200 participantes do encontro.
 
O presidente do Instituto Formar, Paulo Sérgio Spolidoro deu as boas-vindas aos convidados ao lado do presidente da Febraeda, Silvio Marola. A programação segue nesta tarde com a palestra “A necessária abordagem interdisciplinar: a importância da equipe de referência da Assistência Social”, proferida por Jane Clemente, especialista em Gestão de Projetos Sociais, Assessora Institucional e Gerente de Relacionamento do Sindicato das Instituições Beneficentes, Religiosas e Filantrópicas do Estado de Minas Gerais - SINIBREF/MG, ex-conselheira Nacional do CNAS. Outras atividades também estão agendadas para esta tarde.
 
Evento no Parque Tecnológico Piracicaba, ontem, apresentou a empresários e pesquisadores do setor sucroenergético da região, estudo envolvendo a comercialização do etanol hidratado. O debate englobou o mercado atual do biocombustível e os resultados da avaliação de um modelo alternativo para compra e venda com contratos de longo prazo desenvolvido por pesquisadores da Ufscar (Universidade Federal de São Carlos), BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) e Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior).
 
O novo estudo contrapõe o modo atual de compra e venda do biocombustível no mercado livre e analisa os impactos gerados por uma venda nos moldes da que é feita no setor de eletricidade, com contratos em tempo superior a dez anos, por exemplo.
 
Os resultados, segundo o gerente do departamento de biocombustíveis do BNDES, Artur Milanez, apontam que a negociação a longo prazo é mais vantajosa para o setor, pois facilitaria tanto a tomada de crédito por parte das usinas quanto auxiliaria na estabilidade dos preços do etanol (que sofrem grande variação, com queda acentuada no período de safra), o que traria uma melhor capacidade de geração de receitas para as companhias.
 
“O objetivo era avaliar quais os impactos desse modelo alternativo e se ele permitiria aumentar os investimentos nas usinas de etanol. É um estudo ainda, não é uma proposta de mudança. O BNDES fez uma avaliação teórica apenas”, informou Milanez.
 
Ele comentou que os resultados já foram apresentados ao MME (Ministério de Minas e Energia), mas que, para que a aplicação desse modelo seja transformada em proposta efetivamente, seriam necessários mais estudos complementares, além de mudanças regulatórias, o que não é uma situação rápida ou fácil.
 
Em sua apresentação, o gerente também destacou o alto nível de endividamento das usinas de etanol, os custos de produção crescentes e o limite para eficiência industrial do etanol de primeira geração.
 
O gestor do Parque Tecnológico Piracicaba e diretor-executivo da Apla (Arranjo Produtivo Local do Álcool), Flavio Castelar, reforçou a importância do estudo para o setor e destacou que há, por parte da entidade, um esforço constante em trabalhar todas as frentes de investimento no setor — curto, médio e longo prazos.
 
“O estudo demonstrou que se houvesse mais segurança para investimentos, com certeza as usinas investiriam mais. A demanda por biocombustível é crescente, o mercado está comprando, mas não conseguimos buscar condições para o investidor.”
 
Fonte: Jornal de Piracicaba