Apla-Dilma diz que nova usina de etanol 2G da Raízen traz inovação ao Brasil
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Dilma diz que nova usina de etanol 2G da Raízen traz inovação ao Brasil

A presidente Dilma Rousseff (PT) participou na manhã desta quarta-feira (22/07) da inauguração da usina de etanol de segunda geração (2G) da Raízen e disse que o grupo dá um salto em direção ao futuro “ao se colocar na vanguarda da produção” do biocombustível.
Ela ainda citou que o etanol celulósico é sinônimo de inovação e contribui com “uma das mais importantes alternativas no que se refere ao combustível verde nas matrizes energéticas”.
A planta é a primeira do grupo a dispor de tal tecnologia e sua integração com o sistema de etanol de primeira geração é inédito no país.
A nova usina é uma das sete em todo mundo que produz o 2G.
“O etanol de segunda geração é a materialização de um sonho, que muitos daqueles que trabalham nessa área vem perseguindo há anos ou até décadas. É um investimento coerente com o papel central que essa empresa passou a desempenhar no cenário da energia no Brasil”, afirmou.
Dilma esteve acompanhada dos ministros Eduardo Braga (Minas e Energia) e Edinho Silva (Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República).
Também estavam presentes o presidente do Conselho da Cosan e Raízen, Rubens Ometto Silveira Mello; o presidente da Shell, Charles Holiday; o presidente da Raízen, Vasco Dias; e o governador Geraldo Alckmin (PSDB).
O etanol de segunda geração é produzido com o bagaço e a palha da cana-de-açúcar.
Com o seu uso é possível aumentar, conforme a Raízen, 50% a produção de etanol em uma mesma área de plantio.
Dilma ressaltou que a planta “representa o futuro dos combustíveis renováveis” e que no local se encontram a tradição, que se beneficia da produção de primeira geração e energia elétrica com base na biomassa, e a inovação, “demonstrada pela capacidade da integração de várias etapas da questão energética no mesmo lugar”.
Ometto agradeceu o apoio do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que possibilitou os investimentos de mais de R$ 230 milhões na usina, e apontou que o grupo tem se dedicado à tecnologia do etanol celulósico.
Sobre as dificuldades enfrentadas pelo setor, Ometto disse que a planta é a prova de que “o Brasil é maior que qualquer crise”.
“A Raízen e o grupo Cosan estão olhando quilômetros à frente e trabalhando para gerar a energia que vai turbinar o Brasil de amanhã, as estradas de ferro que vão escoar nossa produção, e as tecnologias que vão ser a fonte de eficiência que o país persegue e merece”, disse.
O ministro Eduardo Braga considerou que a nova tecnologia é “o caminho para que a indústria sucroenergética consolide seu espaço nas economias brasileira e mundial”.
Já o presidente da Raízen, Vasco Dias, lembrou que para se chegar ao etanol celulósico foram anos de pesquisa.
“Hoje, nossa produção está em nível material e trabalhamos para transformá-la em nível comercial. Tão logo o custo da produção 2G atinja os níveis do custo de 1G, pretendemos construir novas plantas integradas de etanol celulósico. Acreditamos no potencial do produto para atender à crescente demanda por biocombustíveis”, afirmou.
Dilma apontou também que a experiência do etanol 2G será um dos fatores que serão levados à COP 21 (Conferência sobre o Clima), que ocorrerá em dezembro na França.
Citou também que, com a usina, o país dará um passo significativo para liderar “o paradigma tecnológico de produtividade, sustentabilidade e produção com base na inovação”.
 
CRESCIMENTO - A presidente Dilma Rousseff (PT) disse, durante discurso na inauguração da nova usina do grupo Raízen, que o Brasil passa por um momento de transição, mas que o país voltará a crescer ‘dentro de suas possibilidades’. 
“Estamos atualizando as bases da nossa economia e nós iremos voltar a crescer dentro do nosso potencial. Nosso objetivo é consolidar a expansão de uma classe média no Brasil, queremos que o Brasil seja um país de classe média e, ao mesmo tempo, queremos competitividade em relação aos demais países do mundo”, disse. 
A governante citou que o país tem perseguido o equilíbrio das contas públicas e que isso é uma parte essencial para que a economia, hoje em retração — o PIB (Produto Interno Bruto) deve cair em torno de 2% —, volte a crescer. 
“Nós já tomamos um conjunto de medidas, algumas estão dando resultados, como é o caso do realinhamento dos preços e do aumento da mistura (do etanol à gasolina). Tem dado resultado também o aumento agora das exportações do Brasil. Nós vamos continuar tomando medidas microeconômicas para facilitar a atividade e para garantir um ambiente de negócios mais amigável”, afirmou. 
Dilma ressaltou ainda a intenção de ampliar programas de concessões do governo e falou sobre o esforço empregado em manter em funcionamento programas de âmbito federal, como o Minha Casa, Minha Vida. 
Apontou também as mudanças no cenário internacional, com o fim do chamado superciclo das commodities, e reforçou que a inovação tecnológica, como nos investimentos feitos pela Raízen para o início da produção de etanol de segunda geração, é o caminho para o país. 
“Nós sabemos que houve uma alteração das condições internacionais e que o superciclo das commodities se encerrou. Sabemos que nesta travessia nós vamos procurar sempre buscar maior produtividade, menores custos, maior inovação, para garantir empregos e um crescimento do país no curto, no médio e no longo prazos”, disse.
 
Fonte: Jornal de Piracicaba