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Etanol e bioeletricidade são destaques em energia renovável no Brasil

O etanol e a bioeletricidade, energia elétrica do bagaço de cana, foram destacados no workshop sobre Energias Renováveis, promovido nesta terça pelo Partido Republicano da Ordem Social (Pros) na Câmara dos Deputados, envolvendo também as outras opções existentes no país como a energia eólica, solar, PCHs e CGHs e também outras iniciativas de menor impacto ambiental como os carros elétricos. O evento contou com a presença do presidente da SIAMIG, Mário Campos, de vários parlamentares, autoridades e universitários.
 
O Pros possui dois deputados de MG, George Hilton e Eros Biondini (que também é pré-candidato à prefeitura de Belo Horizonte), e Mário Campos aproveitou o evento para alertá-los sobre os dados de descontrole da poluição ambiental de Belo Horizonte tendo o transporte como principal vetor, em recente matéria publicada no Jornal o TEMPO. Ele disse que é preciso inserir esse debate no planejamento da capital mineira, e principalmente dentro da atual discussão política do pleito eleitoral, já que o assunto está na agenda global e nacional e precisa ter também uma agenda municipal.
 
Mário Campos ressaltou também que, assim como já disseram em outras ocasiões tanto o ministro das Relações Exteriores, José Serra, quanto o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, o Brasil precisa “vender” ou fazer um marketing melhor da sua produção sustentável como conceito para o mundo, a fim de que num futuro próximo os produtos da energia renovável consigam uma precificação diferenciada, como o etanol e a bioeletricidade, em relação aos de origem fóssil.
 
Em todos os fóruns que participa, Mário Campos ressaltou que os debates têm girado muito em torno da energia eólica e solar e os formadores de opinião estão esquecendo que o país tem o maior programa mundial de substituição de energia fóssil com a utilização do etanol, além de contar com a geração de energia elétrica da biomassa da cana, que precisam ser incentivados para aumento da produção.
 
Mário Campos destacou, ainda, que o Brasil necessita promover políticas públicas para inserir o conceito de sustentabilidade na sociedade brasileira e defende, neste sentido, o aumento da CIDE combustível e sua transformação em uma taxa de carbono, a fim de precificar a externalidade negativa do combustível fóssil e incentivo ao renovável.
 
O presidente da SIAMIG aproveitou para criticar o Projeto de Lei nº 1.013/2011, que libera a fabricação e venda no país de carros de passeio a diesel, o que seria um retrocesso na agenda mundial de combate às mudanças climáticas e desincentivo ao uso dos renováveis. Nas metas do país de redução das emissões dos gases do efeito estufa, o Brasil tem que aumentar a atual produção de etanol de 28 bilhões de litros para 54 bilhões até 2030.
 
Fonte: Gerência de Comunicação Siamig via Cana Online