Ethanol Talks/Apla: Venda de máquinas e equipamentos para usinas da argentina poderá movimentar US$ 20 mi
O incremento da produção de biocombustíveis na Argentina poderá movimentar cerca de US$ 20 milhões em máquinas e equipamentos, antecipou ao Broadcast Agro o diretor-executivo do Arranjo Produtivo Local do Álcool (Apla), Flavio Castellari, destacando os resultados de visitas às usinas de cana-de-açúcar do país. O estudo de campo foi realizado pela Apla como parte de um levantamento feito para o evento “Sustainable Mobility: Ethanol Talks”, realizado hoje em Buenos Aires, na Argentina.
A produção de cana-de-açúcar na Argentina concentra-se em três províncias: Tucumán, Salta e Jujuy. Em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), o Projeto Brazilian Sugarcane Bioenergy visitou 11 usinas dessas regiões. O levantamento apresentou as possibilidades de avanço a partir do que já se conhece de tecnologia no Brasil. Segundo o estudo, "há uma expectativa de que as vendas de máquinas e equipamentos capazes de melhorar a eficiência das usinas para que possam produzir mais etanol poderia alcançar os US$ 20 milhões", como afirmou Castellari.
De todo etanol produzido na Argentina praticamente metade tem como matéria-prima a cana-de-açúcar e a outra metade o milho. "O etanol de milho já tem uma capacidade instalada muito mais avançada. A cana ainda precisa aumentar a produção e o Brasil pode ajudar na tecnologia e nos serviços", garantiu o diretor da Apla.
A mistura obrigatória de etanol na gasolina está hoje em 12% na Argentina e um aumento da produção de cana no país para atender a um avanço no mix seria um desafio, no entanto. Áreas com clima ideal para os canaviais já foram ocupadas com a cultura, o que exige um aumento do rendimento da cana por irrigação ou mesmo a adoção de variedades diferentes da planta que se desenvolvam melhor no solo argentino. Diante desse cenário, Castellari afirma que, se houver um aumento muito grande de demanda pelo biocombustível, quem tende a atender essa necessidade, num primeiro momento, seria o milho.
Por: Gabriela Brumatti
Fonte: Broadcast Agro Agência Estado