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Geração de eletricidade de cana até abril atenderia 1,6 milhão de residências por um ano

A geração de energia renovável e sustentável pelo setor sucroenergético de janeiro a abril de 2020 conseguiria atender, por um ano, um total de 1,6 milhão residências no país. Essas são informações trazidas por um levantamento da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) apontando que, nos primeiros quatro meses deste ano, a produção de bioeletricidade sucroenergética para a rede foi de 3.030 GWh, crescimento de 13% em comparação com o mesmo período de 2019.

O resultado ocorreu por conta do aumento da moagem registrado no início da safra na região Centro-Sul propiciado pelas condições climáticas favoráveis à operacionalização da colheita. No acumulado da safra 2020/2021 até 1 de junho, a moagem alcançou 144,82 milhões de toneladas, contra 128,97 milhões contabilizadas em igual período do ciclo anterior – incremento de 12,29%.

Em termos de capacidade instalada de geração, o setor sucroenergético detém atualmente 11.709 MW, superando a capacidade da usina Belo Monte (que é 11.233 MW), o que representa em torno de 7% da potência outorgada no Brasil e 76% da fonte biomassa em geral.

“A capacidade de geração do setor sucroenergético é estratégica para a matriz elétrica brasileira, pois a produção de bioeletricidade se concentra no período de seca no Centro-Sul, o que ajuda a poupar a água presente nos reservatórios. Portanto, além de ampliar a economia circular da cana, aproveitando subprodutos, ajudamos a reduzir a necessidade de acionamento de térmicas que utilizam combustíveis fósseis e têm um custo maior para o consumidor”, explica Zilmar de Souza, gerente de bioeletricidade da UNICA.

Estima-se que essa energia renovável de 3.030 GWh tenha evitado a emissão de mais de 1 milhão de toneladas de CO2, marca que somente seria atingida com o cultivo de 7,2 milhões de árvores nativas ao longo de 20 anos. Trata-se também de uma geração equivalente a ter, no período de janeiro a abril deste ano, poupado 2% da energia armazenada sob a forma de água nos reservatórios das hidrelétricas do submercado Sudeste/Centro-Oeste, por conta da maior previsibilidade e disponibilidade da bioeletricidade justamente na estação seca e crítica para o setor elétrico brasileiro.

 

Biomassa em geral

A geração da bioeletricidade em geral (que inclui as diversas biomassas) para a rede foi de 7.757 GWh de janeiro a maio deste ano, aumento de 9% em relação a igual período em 2019. O volume gerado equivalente a atender mais de 4 milhões de unidades residenciais pelo ano de 2020 inteiro. Do total da geração da biomassa, 82% ocorreu em cinco Estados: São Paulo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná e Goiás.

O Estado que mais gerou bioeletricidade para a rede foi São Paulo, responsável por 34% do total de geração de janeiro a abril de 2020. Somente a geração de bioeletricidade para a rede pelo Estado de São Paulo (1.591 GWh) seria equivalente a atender ao consumo anual de energia elétrica de 823 mil unidades residenciais.

Em capacidade instalada de geração, atualmente outorgada pela ANEEL, o Brasil detém 174.564 MW. A biomassa em geral representa 9% da matriz elétrica brasileira, com 15.320 MW instalados, ocupando a 4ª posição na matriz, atrás das fontes hídrica, eólica e gás natural.

 

Fonte: UNICA