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Mercado de biomassa ganha importância no setor canavieiro

Um dos fatores que chamou a atenção do setor sucroenergético em 2014 para a cogeração de energia a partir da biomassa da cana foi a visão de longo prazo, que corresponde ao Ambiente de Contratação Regulada (ACR), cujos preços são estabelecidos em leilão. O ano de 2014 fez parte de um processo de amadurecimento deste mercado de longo prazo, depois da criação do produto térmico em agosto de 2013, que separou as biomassas das eólicas, no leilão chamado A-5. Investimentos pedem previsibilidade. O primeiro fator, da venda de energia spot, é mais imediatista, já o segundo (o mercado regulado) tem a ver com as condições estruturantes que este mercado energético precisa. “Por isso, podemos dizer que 2014 foi um momento importante para a biomassa”, diz Zilmar de Souza, gerente de bioeletricidade da Unica (União da Indústria de Cana-de-açúcar).
 
Ele reconhece que houve avanços nos últimos anos nesta área, mas estes progressos têm de continuar. “Isso é fundamental para que consigamos fazer com que o investimento retorne de forma consolidada.” O executivo da Unica destaca que é preciso continuar melhorando o preço de remuneração da biomassa nos leilões para viabilizar projetos de retrofit e de aproveitamento de palha. “É preciso que o preço melhore. É difícil ter um custo padrão, pois cada usina tem uma eficiência de projeto”, salienta Zilmar. Segundo ele, a remuneração de projetos de biomassa nos leilões regulados, até o momento, não conseguiu atrair o retrofit.
 
O mercado para uso da biomassa da cana-de-açúcar para produção de bioeletricidade no Brasil será um dos assuntos abordados no 1º Seminário sobre Biomassa da Cana-de-açúcar & Cia, que acontece no Centro de Cana IAC de Ribeirão Preto, nos dias 12 e 13 de agosto.
 
Fonte: Cana Online via CEISEBr