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O etanol ganha força na pauta política no Brasil e no exterior

Algumas medidas tomadas em 2015 garantiram ao etanol, tanto anidro como hidratado, um novo estímulo. Depois do reajuste da gasolina e do retorno da CIDE sobre o combustível fóssil, o hidratado ganhou em competitividade. Fora o acréscimo de vendas que o biocombustível conseguiu em alguns estados por conta de mudanças do ICMS, especialmente em Minas Gerais. Além disso, veio o aumento da mistura do anidro à gasolina de 25% para 27%.
 
O etanol passa a ser visto como protagonista na recuperação do setor, mas as iniciativas favoráveis ao biocombustível precisam ser contínuas. Pela importância que tem no suprimento da demanda de combustível do país, o etanol não pode sair de pauta. Afinal, falta até uma real definição sobre o seu papel na matriz energética nacional.
 
No entanto, a valorização do etanol, bem como dos demais produtos da cadeia sucroenergética, passa pelo âmbito político. E o que se tem visto é uma movimentação importante de lideranças e parlamentes do país, tanto nos estados como em Brasília, pela defesa deste setor, que tem sobrevivido à duras penas desde a crise financeira de 2008. 
 
Um importante avanço político ocorreu no início de maio, com o relançamento, no Congresso Nacional, da Frente Parlamentar pela Valorização do Setor Sucroenergético, a qual tem como objetivo trabalhar pelas demandas do setor sucroenergético. A iniciativa teve a adesão de dezenas de parlamentares.
 
E a defesa do setor, especialmente do etanol, ganhou palcos internacionais. Na semana passada, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, apresentou possibilidades de investimentos no Estado durante reunião com empresários e investidores norte-americanos. O encontro aconteceu no Harvard Club, em Nova York.
 
“Nós vamos atravessar o atual momento do Brasil com investimento, desenvolvimento e produtividade", ressaltou Alckmin ao lembrar que São Paulo é um grande centro consumidor.
 
Durante sua exposição em Nova York, Alckmin deu ênfase aos produtos da cadeia da cana-de-açúcar, especialmente ao etanol. “A apresentação dele foi muito elogiada. Para o etanol brasileiro, foi mais um importante espaço para divulgar as externalidades positivas do biocombustível produzido em São Paulo e no Brasil”, relata Edmundo Barbosa, presidente do Sindálcool-PB e membro do Fórum Nacional Sucroenergético.
 
AUDIÊNCIA PÚBLICA
 
Voltando a Brasília, a atual situação do setor sucroenergético nacional será tema de uma audiência pública no dia 10 de junho no Congresso Nacional. O evento será transmitido ao vido pela TV Câmara. 
 
“O etanol brasileiro volta à pauta política e esse é um grande avanço”, destaca Barbosa.
 
Fonte: CanaOnline