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OIA prevê superávit de mais de 4 milhões de toneladas de açúcar em 2017/2018

Com destaque pra a safra indiana, oferta mundial crescerá 7%, enquanto consumo tende a aumentar 1,7%
 
Na primeira projeção oficial para a safra de 2017/2018, a Organização Internacional de Açúcar (OIA) previu nesta sexta-feira (18/8) um superávit de mais de 4 milhões de toneladas do produto. No início do mês, a entidade já indicava um volume de cerca de 4 milhões de toneladas. Nos últimos dois anos houve déficit na oferta do alimento.
 
Pelos cálculos da OIA, a oferta mundial de açúcar aumentará "acentuadamente" em 7%, ou o equivalente a 11,527 milhões de toneladas. Com isso, a expectativa é a de que produção baterá o recorde de 179,300 milhões de toneladas. Em Relatório Trimestral enviado à imprensa, a organização enfatizou que sua previsão leva em conta um ganho de produção maciço em relação ao ciclo anterior (2016/2017) na Índia (4,5 milhões de toneladas), na União Europeia (2,8 milhões de toneladas), na Tailândia (2,1 milhões de toneladas) e na China (1,2 milhão de toneladas).
 
Em relação ao consumo, a expectativa é de uma elevação de 1,77% na temporada atual, o que significa um aumento de 3,031 milhões de toneladas em relação ao ciclo anterior, para 174,664 milhões de toneladas. "Nesta etapa da temporada não estamos considerando nas previsões da OIA qualquer aceleração potencial do crescimento do consumo devido às possíveis quedas de preços mundiais em decorrência do superávit global ou qualquer impacto negativo do debate 'açúcar e saúde' sobre o consumo", enfatizou a entidade no texto.
 
Devido à produção crescente nos países exportadores, a OIA espera que a disponibilidade mundial de exportações aumente em 1,912 milhão de toneladas, para 62,146 milhões de toneladas. No caso da demanda de importação, a instituição conta com uma diminuição de 2,498 milhões de toneladas em relação à safra 2016/17, para 57,617 milhões de toneladas. "Nesta fase, é difícil determinar se o açúcar 'excedente' será adicionado a estoques de exportadores ou comprado por importadores inclinados a formar estoques durante uma temporada de valores de mercado mundial fracos."
 
Fonte: Estadão Conteúdo via Revista Globo Rural