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Os três grandes fatores para otimização logística da colheita da cana

Maximizar as horas de corte está diretamente relacionado com o tempo gasto com manutenções e horas auxiliares
 
O custo do corte, carregamento e transporte (CCT) da cana-de-açúcar pode representar mais de 40% do custo total da lavoura. A proporção considera dados médios do Centro-Sul, englobando todo o ciclo da cultura (preparo de solo, plantio, tratos culturais e CCT). Os dados são apresentados em diversos estudos de mercado, como os conduzidos pelo Pecege e a União dos Produtores de Bioenergia (Udop). Os principais fatores a serem administrados na operação são: sistematização dos talhões, velocidade das máquinas e horas de corte.
 
O cuidado com o traçado dos talhões deve se dar desde o preparo de solo. A sistematização com o desenho de tiros maiores possíveis, visando a otimização da colheita mecanizada, reduz a quantidade de manobras e dá rendimento a operação. É importante planejar as reformas dos talhões, com o intuito de alcançar o traçado mais favorável a realidade da colheita com máquinas.
 
A velocidade de colheita é um parâmetro atrelado a variáveis como, produtividade da lavoura, espaçamento entre linhas, declividade do terreno e condições do solo. É importante avaliar as características do local e definir um valor considerado seguro para a operação, que não comprometa a longevidade do canavial e a qualidade da matéria-prima. Ao mesmo tempo, é necessário prezar pela produtividade do CCT e o abastecimento contínuo da usina. O desafio está em manter constante a velocidade definida como ideal. 
 
Maximizar as horas de corte está diretamente relacionado com o tempo gasto com manutenções e horas auxiliares. O tempo de manutenção é, em geral, diretamente proporcional as horas de utilização dos equipamentos. Ou seja, quanto maior as horas de operação, eleva-se o montante de horas em manutenção.
O planejamento dos tipos de manutenções a serem realizadas em campo e na oficina central se faz necessário, para o correto dimensionamento de ambas as estruturas. Além disso, a definição da política de renovação de frota também é fundamental. Em especial para orçar o tempo médio que será gasto, baseado na vida útil das máquinas, principalmente.
 
As horas auxiliares estão relacionadas a tempo de abastecimento, lubrificação, checklists, limpeza, refeição, entre outros. Todos fatores que precisam ser estudados e calculados, para que a meta de horas de corte seja o mais realista e adequada possível.
 
Fonte: CanaOnline