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Raízen projeta margem maior com alta do dólar

A fabricante de açúcar e etanol Raízen -joint venture entre a Cosan e a Shell- projeta um aumento de suas margens nos próximos meses em decorrência da alta do dólar.
 
A cotação da moeda deverá favorecer os resultados da empresa, que exporta cerca de 60% do açúcar produzido e que teve uma queda de 20,2% nas vendas das mercadorias entre abril e junho em relação ao mesmo período do ano anterior.
 
"Com certeza, a margem vai aumentar. A desvalorização do real dará competitividade ao nosso açúcar", afirma o vice-presidente da companhia Pedro Mizutani, sem especificar a magnitude do incremento esperado.
 
"O preço da gasolina mais alto também deverá ajudar [no desempenho da Raízen] ao elevar a demanda de etanol", acrescenta o executivo.
 
O setor sucroalcooleiro passa por uma crise decorrente da desaceleração econômica brasileira e, sobretudo, do excesso de oferta de açúcar no mundo e dos custos de produção superiores aos valores de comercialização.
 
"Para nós, este ano já deverá ser melhor do que o passado, mas tem empresas com dificuldades que não possuem nem cana para moer."
 
Para incentivar a produção de cana, a Raízen fechou uma parceria com o Itaú BBA que disponibilizará R$ 150 milhões em crédito aos produtores parceiros da empresa.
 
A iniciativa não foi criada por causa da redução de crédito no país, segundo Mizutani. "Faz parte de um programa desenvolvido para fidelizar o produtor de cana."  
 
O convênio oferecerá um crédito de até R$ 2,2 milhões por pessoa. A Raízen produz cerca de 4,1 milhões de toneladas de açúcar por ano. 
 
Fonte: Folha de São Paulo via Revista Canavieiros