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Sudão desponta como importante importador de açúcar

O Sudão, na África, está emergindo como um importante ponto de comercialização de açúcar, com o produto oferecendo uma boa oportunidade para a economia local devastada por décadas de conflitos étnicos e pela queda do preço do petróleo. Ao mesmo tempo, as importações do Sudão de açúcar refinado estão ajudando a empurrar a recuperação global dos preços da commodity, de acordo com analistas e com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
 
A mudança para o Sudão tem sido favorecida por uma combinação de liberalização do mercado, da alta da demanda por açúcar de países vizinhos onde os preços são mais altos e pelo crescimento do consumo interno impulsionado por um fluxo recorde de refugiados. A situação dos refugiados sudaneses elevou a demanda para refinado ou demerara para 1,5 milhão de toneladas este ano, ante pouco menos de 900 mil toneladas em 2014, segundo a Organização Internacional do Açúcar.
 
O Sudão deve ser responsável por cerca de 30% da nova demanda global de importação de açúcar na safra 2015/16, que está projetada para aumentar em cerca de 2,5 milhões de toneladas, segundo o USDA. Jodie Gunzberg, chefe global de commodities do S&P Dow Jones Indices, disse que as importações do Sudão representavam "uma das principais forças que contribuem para o recente aumento dos preços internacionais do açúcar."
 
Os ganhos recentes em futuros de açúcar têm sido impulsionado também, em grande parte, por condições climáticas irregulares no Brasil e na Índia, os dois maiores produtores do mundo. Além disso, muitas usinas brasileiras estão produzindo mais etanol do que açúcar, o que também sustenta os preços. Como resultado, a produção deverá ficar aquém da demanda este ano, pela primeira vez desde 2010, segundo a Organização Internacional do Açúcar.
 
Fonte: Dow Jones Newswires via Nova Cana