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Com cana transgênica, CTC eleva lucro em 14%, para R$ 14 milhões

Primeira companhia do mundo a desenvolver e obter aprovação para comercializar uma cana-de-açúcar transgênica, o Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) registrou na safra 2017/18 (encerrada em 31 de março), um lucro líquido de R$ 14,3 milhões, aumento de 14,2% sobre a safra anterior, decorrente do aumento das vendas.
 
O CTC conseguiu no ciclo passado aprovação para comercializar sua cana transgênica no Brasil e no Canadá. Segundo mensagem da administração, a variedade geneticamente modificada já foi comercializada e plantada em 250 hectares na temporada no país.
 
Além disso, o CTC calcula que, da área plantada com cana no Brasil, 25% tenha sido com variedades (com e sem modificação genética) por ele desenvolvidas, enquanto na safra 2016/17 essa participação era de 21%. Em área, isso representou 297 mil hectares plantados. Já área total de cultivo com variedades do CTC somou 1,2 milhão de hectares, aumento de 17%.
 
O aumento da participação de mercado e a alta dos royalties cobrados pelo uso de suas variedades engordaram o faturamento do CTC. A receita operacional líquida cresceu 11,5% ante a safra 2016/17, para R$ 144,3 milhões. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) aumentou 69%, para R$ 30,5 milhões, enquanto a margem Ebitda cresceu 8 pontos percentuais, para 21%.
 
A alta do resultado líquido também é explicada, segundo a companhia, pela redução das despesas, já que o desembolso para investimentos em pesquisa e desenvolvimento está se normalizando. Segundo o CTC, cerca de 70% do orçamento anual para investimentos é destinado a pesquisa e desenvolvimento desde 2012.
 
Na safra 2017/18, o investimento nessa área somou R$ 90,5 milhões. O foco desses aportes foi nos projetos de biotecnologia, enquanto o projeto de etanol celulósico consumiu menos recursos.
 
No fim da temporada, o CTC registrava um caixa superior ao endividamento bruto, embora o montante de recursos em caixa tenha diminuído em relação à safra anterior com o início do pagamento de linhas de crédito. Os recursos em caixa somavam R$ 230,8 milhões, enquanto a dívida bruta da empresa era de R$ 191 milhões, dos quais R$ 46,3 milhões tinham vencimento no curto prazo.
 
Houve uma reclassificação no saldo a receber pelo BNDESPar para o longo prazo, já que o pagamento está em processo de arbitragem. O BNDESPar faz parte do quadro de acionistas. 
 
Fonte: Valor Econômico via Cana Online